sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Retrospectiva - Férias - E que venha 2016!

Desejo de boas festas do 10 Pras 7!
2015 ano de muitas apresentações, projetos e até CALOTE! Que venha 2016!

Estamos caminhando para as últimas apresentações desse ano. Dias 18, 19 e 20 de dezembro estaremos em Tupi Paulista no Teatro Municipal participando do XXIV Festival de dança da Regina Academia. Durante a noite toda estaremos apresentando números cômicos de de circo para o público do Festival nos três dias.

Depois disso seremos palhaços de FÉRIAS!!!!!
Ficaremos felizes se recebermos convites para praia, churrasco, passeio, cachoeira, piscinas, ou propostas semelhantes de lazer para os próximos dias...

Aconteceu tanta coisa em 2015 que fica difícil o registrar tudo em uma retrospectiva, mas aconteceram fatos muito significativos como o apoio da RBTR - Rede Brasileira de Teatro de Rua que sagrou o dia 27 de junho como o dia de Luta pelas Artes Públicas em todo do Brasil. Essa data foi definida em homenagem a nossa queria da Lua Barbosa morta por um tiro disparado por um Policial Militar no dia 27 de junho de 2014. Isso nos da força, são Artistas de todo o Brasil mobilizados para marcar uma brutalidade e transformar isso em LUTA! Assim faria a Lua com certeza...

"HTE!!!" Foto de Alissom Ginadaio
CALOTE O começo desse ano não foi fácil, logo na primeira apresentação levamos um CALOTE incrível! Fomos para Araçuaí MG participar do FESTA, festival promovido por artistas o grupo chama Ícaros do Vale. Parece uma piada, mas não é, são artistas, o festival chama FESTA e não nos pagaram o Cachê, levamos prejuízo de 4 mil Reais. Não temos notícias nem da Prefeitura que é apoiadora do festival e nem do Organizador Luciano Silveira que sumiu após dizer muitas vezes que iria nos pagar. Tristeza profunda...



HTE em Osasco SP
NÚMEROS
Começamos mal, mas depois vieram muitas alegrias, se olharmos os números de 2015 aí a coisa fica bonita, participamos de 24 festivais de teatro neste ano. Alguns de renome Internacional como é o caso do Porto Alegre Em Cena e do Festival Internacional de Londrina - FILO. Todos são importantíssimos para nós, mas há alguns que destacamos por toda a relação com os artistas que organizam como a Mostra Lino Rojas de Teatro de Rua, A Feira de Teatro de Rua de Sorocaba SP, o FESTIA em Canoas RS, o Festival Matias de Teatro de Rua no Acre, o Encontro de Palhaços de Assis, a Temporada do Chapéu em Campo Grande, a Mostra Tudo de Belo Horizonte, o Oxandolá em Francisco Morato SP e a Mostra Cena Vermelha de Osasco SP.

Passamos por 52 cidades de 7 Estados Brasileiro, Acre, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso do Norte. Ao todo nos apresentamos 88 vezes em 2015. O Espetáculo mais apresentado esse ano foi o Saltimbembe Mambembancos com 35 apresentações, seguido pelo "Hoje Tem Espetáculo!!!" com 34.

EM CASA
Junto com os grupos que compõe o Galpão da Lua - FPTAI realizamos dezenas de atividades na Vila Brasil e Morada do Sol em Presidente Prudente, o Galpão da Lua cada dia que passa se apresenta como um espaço de resistência artística na cidade, o coletivo arregaça as mangas para viver de arte para garantir que essa Arte chegue até as pessoas.





PROJETOS
Tivemos o prazer de realizar dois projetos com o apoio do ProAC.
- O primeiro, Aprovado no Edital de Circo e pelo qual circulamos por 10 cidades do Estado de São Paulo com a peça "Hoje Tem Espetáculo!!!", todas as informações desse projeto ficaram registradas no Blog: http://hojetemespetaculorosadosventos15anos.blogspot.com.br/

- O segundo também apoiado pelo ProAC teve o Patrocínio da Cocal Energia Responsável e tivemos o prazer de apresentar Saltimbembe Mambembancos em 20 localidades do Estado, sendo a grande maioria em nossa região. Todas as informações desse projeto estão no Blog: http://circulacaosaltimbembe.blogspot.com.br/

2016
A volta ao trabalho em 2016 já tem data marcada, em janeiro temos apresentações em Rio Preto, pelo SESC e pelo Festival "Janeiro para Criança é o Maior Barato" e no Festival eu Riso em Fernandópolis.
Um grande novidade é que abriremos o ano com um projeto de circulação em que percorreremos diversas cidades da Região Noroeste de São Paulo, aguardem as novidades, que depois de domingo é hora de descansar e renovar as energias...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Crítica do Saltimbembe em Cuiabá

Nossa participação no Festival Zé Bolo Flô  em Cuiabá MT foi rápida, mas muito significativa.

Compartilhamos abaixo a crítica escrita por Lorenzo Falcão:

ZÉ BOLO FLÔ

Teatro de Rua invade o centro de Cuiabá

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Trupe de Presidente Prudente (SP) conquistou o público
Atravessado em minha cabeça estava um pensamento. Um certo temor, digamos. Na primeira edição do 
Bolo Flô, há dois anos, o festival foi aberto com o impressionante "Das saborosas aventuras de Dom Quixote
 de La Mancha e seu Escudeiro Sancho Pança", montagem de rua do grupo Teatro que Roda (GO).
E estava este resenhista na maior torcida para que a abertura deste segundo Bolo Flô também fosse arrebatadora. E foi!!!

Teatro de rua não é moleza. Não é fácil gastar o talento fora de um espaço cênico como um teatro, lugar apropriado com propriedades e aparatos tecnológicos que ajudam um bocado, por que detalhes como luz, som e cenário catapultam espetáculos de tal maneira, que às vezes até ofuscam o trabalho dos atores.
 Na rua, não. A representação é diferente e o ato de encenar está sujeito a todas as imprevisibilidades possíveis. É o teatro em carne e osso, a mercê da voz maior, da capacidade de improviso e da
especialidade em interagir com o público.

O Circo Teatro Rosa dos Ventos surgiu em 1999, através de uma galera de estudantes universitários em Presidente Prudente, e acabou se engajando num movimento cultural que continua ribombando. Corre
trecho por aí com inúmeros compromissos e vieram parar em Cuiabá com os seguinets integrantes: Luís Valente, Fernando Ávila, Gabriel Mungo e Tiago Munhóz - quatro palhaços; e mais o multiinstrumentista Robson Toma (ou China), que faz aquela linha "banda com um músico só".

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Pernas de pau... craques nas artes circenses
Um público flutuante de umas trezentos pessoas circulou pela Praça da República durante a encenação que durou aproximadamente uma hora e vinte minutos. Nos primeiros vinte minutos, enquanto enchiam linguiça, esperando a chegada de
 um cortejo que percorreu ruas do centro cuiabano, convocando
 o público, eu já estava lacrimejando de tanto rir.

Os artistas circenses soltaram a verve enquanto improvisavam truques de telepatia espalhafatosa e se maquiavam. Já demonstravam um pleno domínio no quesito "saber o que se 
quer e como fazê-lo", conquistando de imediato a plateia. À frente de uma pequena tenda mambembe que mal parecia cabê-los, multiplicavam-se em estripulias, piadas e trejeitos que
acompanham a eterna dinastia clown, surgida no
século XVI, para nunca mais sair de cena.

Começado pra valer o espetáculo, a postura conquistadora do palhaço ganhou corpo e força, entremeada com técnicas como
 a perna de pau e os malabares. Muita destreza nas manobras e uma infalível presença cênica - e de espírito, arrebataram o
 público composto por pessoas de todas as idades e classes sociais. Este, o público, volta e meia, era convocado a participar
 das encenações. Uma interação completa. Show de espetáculo.




"O que escrever sobre isso?", sondou-me o bravo Carlinhos Ferreira, também convocado para resenhar
 os espetáculos. Em dois minutos de conversa concordamos que o alto nível do desempenho nas artes circenses estava estabelecido, apesar de "não termos visto nada de novo". O que, absolutamente, não
 deve ser entendido como um comentário depreciativo. Noutras palavras, a trupe Rosa dos Ventos, fez,
 com louvor, o seu dever de casa.

Entreteu com garbo uma plateia multifacetada, abrindo honrosamente a segunda edição do Zé Bolo Flô.
 Devo chamar a atenção dos internautas sobre essa proposta "deselitizadora" que abrange um evento de teatro de rua. Desde que me entendo por gente, gente que aprendeu a raciocinar e entender em torno da história da arte, ela - a arte - sempre esteve associada com as elites, que sempre tiveram muuuiiittooo mais acesso às artes, do que as pessoas menos abastadas. Daí, que quando você leva a arte para as ruas,
 está quebrando e estraçalhando paradigmas. Paradigmas são coisas que existem para ser mesmo quebrados.

Outras "cositas"

Conforme já sugeri, a luz poderia ter sido mais valorizadora do espetáculo. Mais estudada, mais pensada, enfim, enriquecedora da encenação. Não o foi. E esse problema, que inclusive, suscitou piadas dos artistas,
 foi agravado por aquela luz de vários cinegrafistas que fizeram a cobertura do evento. Por outro lado, a presença das emissoras de televisão - acho que pelo menos três delas por ali estiveram, é sempre muito
 bem vinda, por que o Bolo Flô é um festival que merece todo o carinho e a atenção dos meios de comunicação.

É preciso aqui o reconhecimento do esforço que a Band MT vem demonstrando nas coberturas de eventos culturais. Não é a primeira vez que flagro uma equipe da emissora acompanhando do começo ao fim uma iniciativa artística. Merece pois, a emissora e seus profissionais, o nosso elogio.

O som... eita trabalheira lascada que é montar e conduzir as tecnologias sonoras, ainda mais em ambientes externos. Na parte final do espetáculo, alguns microfones dos atores "ratearam", mas não chegaram a comprometer o resultado final.

E a marcação cerrada deste Tyrannus prossegue até domingo, chegando junto a todos os espetáculos que serão apresentados. Seguindo sempre aquela linha que costumo pontuar aqui: a gente trabalha, mas se diverte.

Nervoso. É o Tyrannus neste último mês do ano, até na tampa de afazeres, e ainda assumindo pelo
menos mais um... extra. O convite irrecusável do Tibanaré, grupo teatral de MT que organiza o 2º Festival
 Zé Bolo Flô de Teatro de Rua, para eu assistir todos os espetáculos e escrever sobre eles, começou a
 vigorar neste primeiro de dezembro, quando a trupe Rosa dos Ventos, de Presidente Prudente (SP),
 encenou "Saltimbembe Mambembancos". Claro que fui lá...
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Rosa dos Ventos (SP) fez, com louvor, o seu dever de casa
Fonte: http://www.tyrannusmelancholicus.com.br/conteudo.php?sid=311&cid=6704